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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CÉU E INFERNO ÍNTIMOS



A Porta Entre Nós E O Céu Não Poderá Abrir-Se Enquanto Esteja Fechada A Que Fica Entre Nós E O Próximo.
Conta-Se Que Um Dia Um Samurai, Grande E Forte, Conhecido Pela Sua Índole Violenta, Foi Procurar Um Sábio Monge Em Busca De Respostas Para Suas Dúvidas.

- Monge, Disse O Samurai Com Desejo Sincero De Aprender, Ensina-Me Sobre O Céu E O Inferno. O Monge, De Pequena Estatura E Muito Franzino, Olhou Para O Bravo Guerreiro E, Simulando Desprezo, Lhe Disse:
- Eu Não Poderia Ensinar-Lhe Coisa Alguma, Você Está Imundo. Seu Mau Cheiro É Insuportável. - Ademais, A Lâmina Da Sua Espada Está Enferrujada. Você É Uma Vergonha Para A Sua Classe.

O Samurai Ficou Enfurecido. O Sangue Lhe Subiu Ao Rosto E Ele Não Conseguiu Dizer Nenhuma Palavra, Tamanha Era Sua Raiva. Empunhou A Espada, Ergueu-A Sobre A Cabeça E Se Preparou Para Decapitar O Monge.
- "Aí Começa O Inferno", Disse-Lhe O Sábio Mansamente. O Samurai Ficou Imóvel. A Sabedoria Daquele Pequeno Homem O Impressionara. Afinal, Arriscou A Própria Vida Para Lhe Ensinar Sobre O Inferno.

O Bravo Guerreiro Abaixou Lentamente A Espada E Agradeceu Ao Monge Pelo Valioso Ensinamento. O Velho Sábio Continuou Em Silêncio.
Passado Algum Tempo O Samurai, Já Com A Intimidade Pacificada, Pediu Humildemente Ao Monge Que Lhe Perdoasse O Gesto Infeliz. Percebendo Que Seu Pedido Era Sincero, O Monge Lhe Falou:
- "Aí Começa O Céu".

Para Nós, Resta A Importante Lição Sobre O Céu E O Inferno Que Podemos Construir Na Própria Intimidade. Tanto O Céu Quanto O Inferno, São Estados De Alma Que Nós Próprios Elegemos No Nosso Dia-A-Dia. A Cada Instante Somos Convidados A Tomar Decisões Que Definirão O Início Do Céu Ou O Começo Do Inferno.

É Como Se Todos Fôssemos Portadores De Uma Caixa Invisível, Onde Houvesse Ferramentas E Materiais De Primeiros Socorros. Diante De Uma Situação Inesperada, Podemos Abri-La E Lançar Mão De Qualquer Objeto Do Seu Interior. Assim, Quando Alguém Nos Ofende, Podemos Erguer O Martelo Da Ira Ou Usar O Bálsamo Da Tolerância. Visitados Pela Calúnia, Podemos Usar O Machado Do Revide Ou A Gaze Da Autoconfiança...

A Decisão Depende Sempre De Nós Mesmos. Somente Da Nossa Vontade Dependerá O Nosso Estado Íntimo. Portanto, Criar Céus Ou Infernos Portas À Dentro Da Nossa Alma, É Algo Que Ninguém Poderá Fazer Por Nós.

INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSA VIDA


Os Espíritos nos influenciam? Como isto se dá? É a todo o momento? E o nosso livre-arbítrio? Será que não pensamos pela nossa própria cabeça? Como distinguir o que é nosso daquilo que os Espíritos nos sugerem? Eis algumas das várias perguntas que se poderia fazer sobre o tema, sem a pretensão de respondê-las, mas somente com o intuito de exercitar o nosso pensamento.

Quem nunca ouviu falar do "Saci-Pererê", do "Homem do Saco" e do "Lobisomem"? Quem nunca ouviu falar de lugares assombrados? Quem nunca ouviu uma história sobre os castelos enfeitiçados? A presença de uma força oculta não é apanágio do dias que correm. Na Antigüidade, os homens da caverna já mantinham contato com o mundo espiritual, denotando que os Espíritos e mediunidade sempre existiram. J. H. Pires, no livro O Espírito e o Tempo, descreve os vários horizontes alcançados pelo homem, relacionando-os à maneira de se tratar com o sagrado e conseqüentemente o modo como fomos sendo influenciados pelos Espíritos ao longo de tempo.

Que os Espíritos nos influenciam não resta dúvida. Mas como separar a idéia sugerida pelo Espírito daquela que é nossa? Às vezes eles nos deixam ver claro, quando o fazem através dos ruídos, batidas, ou mesmo tocando-nos; outras vezes são tão sutis que não conseguimos separar uma coisa da outra. É o caso, por exemplo, de se querer distinguir entre a inspiração e a intuição no campo da mediunidade. Na intuição a idéia é da própria pessoa; enquanto na inspiração é o sopro de um Espírito amigo. Temos um pensamento brilhante: ele foi nosso ou de um amigo? Como assegurarmos com certeza de quem foi?

Somos mais passíveis de receber a influência dos Espíritos inferiores do que a dos Espíritos superiores. Por que? É que o nosso pensamento enovelado nos sentimentos sensíveis não consegue vislumbrar as luzes do mundo mais ditoso. Dado o nosso apego à matéria, os apelos à sensação, ao gozo, à distração são mais fáceis de serem captados. Observe o alcoólatra. Mal levanta, já lhe vem a idéia de beber. É o fenômeno da fixação mental, da idéia fixa, cuja causa inicial foi um descuido, uma abertura de nossa mente para o vício. Depois, enfraquecidos, o Espíritos menos felizes apoderam-se de nossa vontade e dominam-nos sem pena.

Os Espíritos superiores, pelo contrário, não nos molestam e não nos obrigam a fazer isso ou aquilo. Eles simplesmente sugerem-nos pensamentos elevados, que se traduzem na prática do bem. Não é, todavia, uma tarefa fácil, porque incitam-nos a entrar pela porta estreita, visto ser largo é o caminho da perdição e são muitos os que por ele se desviam. Como somos refratários às sugestões do bem, os Espíritos inferiores tomam a dianteira e assim vamos indo de existência em existência.

Sermos influenciados pelos bons ou maus Espíritos depende muito mais de nós do que imaginamos. Perseverando no bem estaremos naturalmente sendo amparados pelos bons Espíritos. Esforcemo-nos por tal empreendimento.